“Bartleby, o escriturário” de Herman Melville
“Prefiro não fazer.”
Essa é a grande frase do livro, e não há nada melhor do que responder a todos que me cobraram um blog indicando a leitura deste curto, mas intrigante livro.
Bartleby, um escriturário na emergente Wall Street do século XIX (favor não fazer analogias com o que é receber este adjetivo nos dias atuais) é um aterrador retrato de nossas procrastinações e desistências cotidianas, o que Freud, bem antes dos livrecos de auto-ajuda inventarem qualquer outro adjetivo, chamou de Pulsão Negativa.
Essa força estranha que nos impele, na visão deste pobre neófito da blogosfera, é alimentada pelo velho medo de ver nossas limitações impressas em nossas criações, sejam elas pequenas atividades cotidianas ou grandes feitos, ou na produção de um texto para um Blog.
É ela que faz o jogador de Futebol hesitar na hora do chute salvador, ou interpõe barreiras veladoras entre apaixonados que sonham com romances. Meus caros, não é algo fácil.
As questões que coloco para todas as poucas pessoas que lerem este blog e que podem ser guia de leitura para as pouquíssimas que lerão a obra motivados por este “post” é: como condenar Barteby? E o pior, como não nos enxergarmos, completamente irracionais, desafiando qualquer pretensão Iluminista (oba, falei mal deles..rsrrs) nesta máxima irritante deste mundo voltado contra o homem, entoada na célebre rua do poder embriagador do capitalismo tantas vezes por noss anti-herói: PREFERERIA NÃO FAZER?
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